sábado, 4 de outubro de 2014

Comando dos bancários orienta aceitação de proposta dos bancos

sábado, 4 de outubro de 2014 09:50 BRT


  

(Reuters) - O Comando Nacional dos Bancários decidiu orientar os trabalhadores a aceitar proposta de reajuste feita na sexta-feira pelos bancos, segundo comunicado divulgado neste sábado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A proposta será analisada na segunda-feira em assembleias regionais, informou a confederação. A previsão é que os bancários retornem ao trabalho na terça-feira, segundo a asssessoria de imprensa da Contraf-CUT.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) aumentou a proposta de índice de reajuste de 7,35 para 8,5 por cento (aumento real de 2,02 por cento) nos salários e demais verbas salariais, de 8 para 9 por cento (2,49 por cento acima da inflação) nos pisos e 12,2 por cento no vale-refeição, segundo a confederação.
A Fenaban propôs também a compensação dos dias parados durante a greve, na forma de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha seis horas, e uma hora por dia no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para quem trabalha oito horas.
"O Comando Nacional, reunido logo após a negociação, avaliou de forma positiva as novas propostas apresentadas e decidiu por ampla maioria orientar a sua aprovação nas assembleias dos bancários a serem realizadas pelos sindicatos na próxima segunda-feira em todo o país", disse a confederação em comunicado.
No quarto dia da greve nacional, na sexta-feira, a Contraf-CUT disse ter paralisado 10.355 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal.
Os bancários reivindicavam índice de 12,5 por cento (aumento real de 5,8 por cento). [ID:nL2N0RU2R9]
(Redação Rio de Janeiro; LB)





quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Greve dos bancários entra no 3º dia em todos os estados

Na quarta, houve aumento de 16,75% no número de agências fechadas.
Categoria pede 12,5% de reajuste e melhores condições de trabalho.

Do G1, em São Paulo
Greve dos bancários em Pernambuco está em seu segundo dia (Foto: Kety Marinho / TV Globo)Agência em Pernambuco com adesivos que
indicam paralisação (Foto: Kety Marinho / TV Globo)

Os bancários de bancos públicos e privados entraram no terceiro dia de greve nesta quinta-feira (2). A paralisação é por tempo indeterminado, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Sindicatos de todos os estados confirmaram adesão à greve, além do Distrito Federal.
Nesta manhã, agências amanheceram novamente com adesivos colados nos vidros, indicando a paralisação.

Segundo a Contraf-CUT, na quarta-feira (1), houve um aumento de 16,75% no número de agências fechadas em comparação com o primeiro dia de greve (de 6.572 para 7.673 unidades).

Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, informou que a greve foi iniciada apenas em agências bancárias, mantendo o funcionamento de caixas eletrônicos, serviços de teleatendimento e centros administrativos. No entanto, segundo o sindicato, na quarta-feira, bancários de São Paulo e do Rio de Janeiro paralisaram alguns callcenters, telebancos, centros administrativos, serviço de apoio ao cliente e central de atendimento em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Segundo Cordeiro, existe a possibilidade de estender a greve a outros setores se as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) demorarem. "A nossa greve sempre começa pelas agências bancárias. A cada dia que passa que isso [acordo entre a categoria e os bancos] não ocorre, a greve tende a crescer e atingir setores mais estratégicos", diz Cordeiro.

Veja aqui as opções para realizar operações bancárias, como transferêcias e pagamentos, durante a paralisação nas agências bancárias.

Protesto
Os bancários fazem nesta quinta-feira manifestações em 10 capitais contra propostas políticas que os bancos colocaram na agenda da eleição presidencial deste ano, entre elas a independência do Banco Central, a limitação do papel dos bancos públicos e o fim do crédito direcionado. Os atos foram convocados pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT. A manifestação em frente à sede do Banco Central, em Brasília, será às 17h. Haverá atos também, em horários diferentes, nas representações do BC em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza e Belém.

Notificações do Procon
O Procon do Rio Grande do Norte notificou o Sindicato dos Bancários do estado para garantir efetivo mínimo de 30% de funcionários trabalhando durante o período de greve. A notificação  orienta que caixas eletrônicos permaneçam disponíveis.

Houve também notificação no Tocantins, onde a paralisação teve adesão de 60% dos funcionários de acordo com o Sindicato dos Bancários do Tocantins (Sintec-TO). O Procon-TO notificou o Sintec que mantenha pelo menos 30% dos funcionários trabalhando e os caixas eletrônicos disponíveis.

Reivindicações dos bancários
Os trabalhadores que decidiram pela greve pedem reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pede aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros.

Além do aumento de salário e benefícios, os bancários também pedem melhores condições de trabalho com o fim de metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades, entre outras demandas.
No sábado (27), o Comando Nacional dos Bancários confirmou o indicativo de greve mesmo após uma nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As instituições financeiras elevaram o reajuste de 7% a 7,35% para os salários, enquanto o aumento no piso da categoria foi de 7,5% para 8%. No entanto, os novos índices foram considerados insuficientes pelos bancários em reunião realizada em São Paulo.
Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.

Em nota, a Fenaban "reafirma sua confiança na manutenção das negociações para um desfecho da convenção coletiva 2014/2015". A entidade ainda "ressalta que o consumidor dispõe de vários canais para a realização de transações financeiras, tais como internet, o banco por telefone, o aplicativo do banco no celular. Há também os caixas eletrônicos e rede 24 horas, que ficam disponíveis em supermercados, aeroportos, shoppings, lojas comerciais e centros comerciais, além dos correspondentes, que estão espalhados por todo o Brasil".

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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ibope: Marina cai e embola disputa com Aécio; Dilma abre 14 pontos

Candidata do PSB cai pela 5ª pesquisa consecutiva, enquanto petista varia dentro da margem de erro e tucano mantém-se estável; presidente é favorita no 2º turno contra qualquer um dos adversários
A presidente Dilma Rousseff (PT) ampliou de 9 para 14 pontos porcentuais sua vantagem em relação a Marina Silva (PSB) em uma semana, aponta a mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada nesta terça-feira, 30. Aécio Neves (PSDB) se manteve estável, mas está mais próximo da adversária do PSB. No 2.º turno, Dilma aparece numericamente à frente da principal concorrente, mas ainda no limite de margem de erro (42% a 38%).
Apesar de o tucano não ter crescido nas duas últimas pesquisas, o cenário de 2.º turno permanece indefinido, por causa da contínua redução do eleitorado de Marina. Enquanto Dilma oscilou de 38% para 39% em uma semana, Marina caiu quatro pontos, de 29% para 25% – Aécio segue com 19%. Outros candidatos, somados, têm 3% das preferências.
A candidata do PSB apresentou tendência de queda nos últimos cinco levantamentos do Ibope. Desde o início de setembro, ela perdeu oito pontos, ou um quinto de seu eleitorado.
No mesmo período, Dilma oscilou dentro da margem de erro, entre 37% e 39%. Aécio subiu de 14% para 19% na metade de setembro e se manteve no mesmo patamar desde então.
Levando-se em conta os votos válidos – excluídos os nulos, brancos e eleitores indecisos -, o placar é de 45% para Dilma, 29% para Marina e 22% para Aécio. Nessa contagem, a distância da petista para a adversária do PSB subiu de 10 para 16 pontos em uma semana. Já a distância entre Marina e o tucano caiu de 11 para 7 pontos.
Nas simulações de 2.º turno, Dilma e Marina haviam obtido 41% na semana passada. O empate persiste, mas no limite da margem de erro. A petista tem 42% e a rival, 38%. Na simulação entre Dilma e Aécio, o placar é de 45% a 35% para a presidente.
Prejuízo geral
Desde a semana passada, Marina perdeu pontos em todas as regiões, com exceção do Nordeste. O tombo mais significativo ocorreu no Sul, de 25% para 16% – é a única região em que Aécio está em segundo lugar.
Desde a entrada da candidata do PSB na corrida, é a primeira vez que ela fica atrás da presidente no eleitorado jovem. No segmento de 16 a 24 anos, Marina tem 28%, seis pontos a menos que Dilma. Nas demais faixas etárias, a presidente também lidera.
Na segmentação do eleitorado por renda, a presidente só não lidera na faixa mais alta, entre os que recebem mais de 5 salários mínimos. Nesse caso, Aécio e Marina aparecem empatados tecnicamente (30% e 28%, respectivamente), e Dilma vem a seguir (24%).
Os eleitores da petista são os mais decididos: 73% deles afirmam que sua opção é definitiva. No caso de Marina e Aécio, as taxas são de 64% e 66%.
A avaliação do governo Dilma não sofreu alterações: 38% consideram a administração boa ou ótima, e 28%, ruim ou péssima.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores entre os dias 27 e 29 de setembro. A margem de erro estimada é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95% – isso quer dizer que, em cada 100 levantamentos com a mesma metodologia, 95 apresentarão resultados dentro da margem de erro esperada. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi feito sob o protocolo BR-00909/2014.
Agência Estado
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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Bancários em greve esperam nova contraproposta de aumento

  • 30/09/2014 15h37
  • São Paulo
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil Edição: Beto Coura

Bancários entram em greve nesta terça-feira (30) por tempo indeterminado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bancários entram em greve nesta terça-feira, por tempo indeterminado Marcelo Camargo/Agência Brasil
O número de agências bancárias que fecharam as portas hoje (30), na cidade de São Paulo, em Osasco e outras cidades da região, em adesão à greve nacional dos bancários, está sendo contado pelo sindicato da categoria. Na Avenida Paulista, quem buscou atendimento se deparou com o aviso: “Estamos em Greve”. Só era possível fazer saques, depósitos e pagamentos, entre outras operações disponíveis nos caixas eletrônicos.
A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, informou que em cada uma das agências em greve foi mantido um funcionário para dar orientação sobre o acesso ao sistema de autoatendimento. Ela manifestou a expectativa de que a Federação Nacional dos Bancos reabra as negociações e apresente uma nova contraproposta. Na avaliação da líder sindical, o reajuste nos salários em 7,35%, oferecido na oitava rodada de negociações, no último dia 27, pode ser elevado.
“Hoje é o primeiro dia de greve, e esperamos por um reajuste melhor”, disse ela. Juvandia Moreira observou que as negociações deste ano evoluíram sobre as do ano passado, já que os 7,35% embutem um aumento real de 0,94% ao passo que em 2013 não houve ganho real. Os bancários querem 12,5%. Além disso, reivindicam ampliar a taxa de participação nos lucros entre outros benefícios. Defendem também o fim do cumprimento de metas na venda de produtos como seguros, títulos de capitalização, entre outros.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Dilma concentra apoio das seis maiores centrais sindicais do país

5/8/2014 14:34
Por Redação - de São Paulo e Tucuruí (PA)

Dilma, assim que chegou a Tucuruí, no Pará, foi cercada por uma multidão
Dilma, assim que chegou a Tucuruí, no Pará, foi cercada
por uma multidão
 
Sindicalistas das seis maiores centrais sindicais do Brasil – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB que, juntas representam mais de 6,5 milhões de trabalhadores sindicalizados reúnem-se com a presidenta Dilma Rousseff, na próxima quinta-feira, no Ginásio da Portuguesa, em São Paulo, para declarar apoio à sua reeleição.
Dessas seis centrais, a CUT já votou e decidiu, por unanimidade, apoiar a reeleição de Dilma – durante a 14ª Plenária Nacional da instituição, realizada na semana passada, em Guarulhos. No caso das outras cinco centrais, os apoios partem de milhares de sindicalistas de todo o país que acreditam no “projeto democrático e popular que a presidenta representa, independentemente do apoio institucional de suas entidades a outras candidaturas”, segundo nota dos organizadores.
Além do apoio, os sindicalistas entregarão à candidata petista uma pauta de reivindicações, entre elas, redução da jornada de trabalho sem redução de salário, regulamentação da convenção 151 da OIT, manutenção da política de valorização do salário mínimo, 10% do PIB para Educação, fim da rotatividade e demissão imotivada (convenção 158) e o fim do fator previdenciário.
Confirmaram presença no ato o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes da CUT (Vagner Freitas), da UGT (Ricardo Patah), CTB (Adilson Araújo), da NCST (José Calixto Ramos) e Antonio Neto (CSB), secretários-gerais, como o Juruna, da Força Sindical e de outras centrais, e centenas de dirigentes das seis centrais.
Na rede
Dilma comemorava, nesta manhã, o fato de liderar as menções em redes sociais se comparada aos outros dois principais candidatos ao cargo de presidente: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Segundo pesquisa encomendada e divulgada na véspera, Dilma tem mais que o dobro da soma de seus concorrentes. O levantamento da empresa de monitoramento de redes sociais, R18, informa que durante o mês de julho a presidente foi mencionada 1,19 milhão de vezes no Facebook, no Twitter e no Instagram. Aécio teve 360 mil referências e Campos teve o nome citado 130 mil vezes.
O pico de citações nas redes sociais, porém, ocorre quando os candidatos são alvo de críticas ou de notícias negativas. O principal motivo de Dilma ter seu nome citado mais que seus adversários é pelo fato de ocupar a Presidência. Durante o mês de julho, os picos de menções à presidenta foram relacionados à Copa do Mundo 2014.
No caso de Aécio, as menções chegaram ao máximo após a revelação de que um aeroporto foi construído em terreno desapropriado no município de Cláudio (MG) que pertencia a um parente do político.
Campos, por sua vez, é criticado principalmente pela foto que publicou no Facebook em maio dentro de um jatinho durante a greve da PM em Pernambuco, que gerou transtornos, e pela Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem de dinheiro.
Campanha no Norte
Nesta terça-feira, a presidenta Dilma fez nova agenda simultânea de campanha e de governo em sua passagem pelo Pará na manhã desta terça-feira, a exemplo de segunda-feira, em São Paulo. A presidenta visitou o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA). A viagem é parte da estratégia do comando da campanha para a reeleição da presidenta Dilma, que registrará imagens da candidata para a exibição no programa eleitoral gratuito na TV.
Depois das tarefas de cunho eleitoral, Dilma sobrevoará a região de Almeirim, também no Pará, para uma visita à linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus. O empreendimento está sendo construído pela Norte Energia, no rio Xingú, e terá 11.233MW de potência instalada.
Dilma tenta reverter a alta rejeição do PT e conta com o ex-presidente Lula para retomar o diálogo com o núcleo de campanha e acertou que, num primeiro momento, deve evitar palanques polêmicos, como o Rio de Janeiro, e focar seus atos no Norte e no Nordeste, onde encontra um eleitorado favorável à petista.
Em São Paulo, o ponto alto será uma caminhada neste sábado, em Osasco, um dos principais redutos do PT no Estado. Os dois estarão acompanhados do candidato do partido ao governo, Alexandre Padilha.
Na véspera, Dilma esteve na periferia de Guarulhos (SP) para a visita a uma Unidade Básica de Saúde e promover o programa Mais Médicos. Além de tentar diminuir a reeleição de Dilma, que chega a 47%% em São Paulo, o aumento da exposição no Estado tenta dar fôlego à candidatura de Padilha, que tem 4% das intenções de voto segundo Datafolha.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

TSE define regras das eleições de 2014 e proíbe telemarketing
 

Tribunal também fixou limite para candidato financiar sua própria campanha.
Corte aprovou nesta quinta (27) novas regras para a disputa eleitoral.

 

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira (27) três novas resoluções que definem regras para a disputa eleitoral deste ano. Uma das mudanças é a proibição aos candidatos de recorrerem a empresas de telemarketing para fazer propaganda eleitoral.
Nas regras elaboradas para a propaganda eleitoral, os ministros do TSE proibiram a prática de telemarketing, independentemente do horário. Além disso, a corte eleitoral tornou obrigatório que todo debate ou propaganda na televisão tenha legenda ou seja traduzido para Libras, a Linguagem Brasileira de Sinais.
Na resolução sobre escolha e registro de candidatos, ficou decidido que não será mais permitido, a partir das eleições de outubro, que o político se apresente com o nome de algum órgão da administração pública direta ou indireta, além de autarquias e empresas públicas. Por exemplo, não será mais autorizado os candidatos concorrerem com "nome de urna" como Chico do INSS ou João da UnB.
Outra mudança definida nesta quinta pela Justiça Eleitoral é o prazo de substituição de candidatos que irão concorrer nas eleições. Até o pleito anterior, a troca podia ocorrer 24 horas antes do dia da votação. A partir deste ano, o prazo-limite para alteração é 20 dias antes da eleição.
A única exceção prevista pelo tribunal é para falecimento de candidatos. Nessas situações, será permitida a alteração até a véspera do pleito.
Limite de financiamento
Sobre as regras de arrecadação e gastos de recursos em campanha eleitoral, a principal mudança foi a fixação de limite para que um candidato financie sua própria campanha – antes, não havia limitação. A partir de 2014, o candidato só poderá utilizar na campanha o limite de 50% de seu patrimônio declarado à Receita Federal no ano anterior às eleições.
O ministro Dias Toffoli, relator das resoluções sobre as eleições no TSE, propôs a mudança com base no Código Civil, que proíbe que uma pessoa faça doações superiores a 50% do próprio patrimônio.
Toffoli retirou do texto a proibição para que empresas estrangeiras fizessem doações a candidatos. Após debate entre os ministros do TSE, ficou definido que se aguardará o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se empresas, de modo geral, podem ou não fazer doações a políticos ou partidos.
O julgamento do tema começou em dezembro do ano passado, e quatro ministros votaram para proibir o financiamento empresarial. Ainda não há previsaõ de quando o julgamento será retomado.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ilha Grande está entre os dez melhores paraísos da América do Sul

20/2/2014 13:42


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Ilha Grande ficou em sexto lugar

Por Celso Martins- Ilha Grande, no Litoral do Rio de Janeiro, está entre os dez melhores paraísos tropicais da América do Sul, segundo o Travelers’ Choice 2014, do TriAdvisor, maior site de viagens do mundo. No ano passado Ilha Grande ficou em terceiro lugar e neste ano ocupa a sétima posição no Top 10.
A ilha de Fernando de Noronha passou do quarto para o segundo lugar na avaliação dos viajantes. Entre as 10 melhores da América do Sul, cinco estão no Brasil. Neste ano ficou em terceiro lugar ficou Tinharé, ilha localizada na região de Morro de São Paulo, no Sul da Bahia, e que no ano passado não aparecia entre as dez. Ilha Bela, em São Paulo, melhorou de posição do sexto para o quinto.
O prêmio anual reconhece mais de 100 ilhas em todo o mundo, incluindo as listas das 10 melhores ilhas da África, Ásia, Caribe, Europa, América do Sul, Pacífico Sul e EUA. A melhor ilha do mundo é “Ambergris Caye”, de Belize, mantendo o resultado do ano passado, quando foi lançado o prêmio.
A Ilha de Páscoa, no Chile, ficou em nono lugar entre as melhores do mundo e em primeiro na América do Sul. As vencedoras do Travelers’ Choice são determinadas com base na qualidade e na quantidade de avaliações, dos últimos 12 meses, de hotéis, restaurantes e atrações listados em cada ilha no site do TripAdvisor.
Veja a lista completa e fotos dos vencedores no
blog Tudo Viagem

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

 ONU condena morte de cinegrafista no Rio de Janeiro

 
11/02/2014 20h07
 
Brasília
 
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou hoje (11) a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.  Em comunicado, no site da ONU, o representante para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Amerigo Incalcaterra, manifestou preocupação com a violência nas manifestações no Brasil. Incalcaterra ofereceu às autoridades brasileiras a assessoria técnica e a experiência internacional do Alto Comissariado em matéria de direitos humanos.
Santiago Andrade foi ferido, na cabeça, por um rojão quando fazia a cobertura de um protesto no Rio de Janeiro na semana passada e, ontem (10), teve morte cerebral.  Incalcaterra solidarizou-se com os parentes do cinegrafista e mostrou preocupação pelas "alegações de uso excessivo da força e de detenções arbitrárias de manifestantes e jornalistas por parte das forças policiais" durante as manifestações que têm ocorrido no país.
Ele disse também que “os protestos pacíficos e a liberdade para informar sobre o desenvolvimento deles são um aspecto fundamental de uma democracia dinâmica e uma ferramenta indispensável para fortalecer os direitos humanos”. Porém,  pediu que as pessoas se manifestam sem atos violentos. “A violência, de maneira alguma, é o meio para reivindicar direitos”.
O representante lembrou que o Estado brasileiro tem o dever de assegurar que as forças policiais e de ordem respeitem a todo momento e circunstância os princípios de necessidade e proporcionalidade no uso da força, conforme os tratados e padrões internacionais de direitos humanos. Incalcaterra solicitou às autoridades brasileiras que “garantam o exercício do direito às liberdades de expressão e reunião pacífica, além de prevenir e investigar de forma imediata, independente, imparcial e efetiva qualquer uso excessivo da força”.
Citando os grandes eventos, o representante disse que embora o Estado brasileiro tenha a responsabilidade de garantir a segurança pública por meio de um marco legislativo adequado – ainda em eventos como a Copa do Mundo –, “isso não deve impedir nem dissuadir o exercício legítimo do direito a se manifestar e protestar”.
O carioca Santiago Andrade era casado há 30 anos com Arlita Andrade. Ele deixou uma filha e três enteados. Profissional há cerca de 20 anos, ele trabalhava na Rede Bandeirantes de Televisão há quase dez anos. O cinegrafista ganhou dois prêmios de jornalismo (Prêmio Mobilidade Urbana), nos anos de 2010 e 2012, por matérias sobre a dificuldade de transporte. Destacou-se na cobertura das chuvas na região serrana do Rio, em janeiro de 2011, e em Xerém, em janeiro do ano passado.
A polícia já identificou os dois manifestantes envolvidos no disparo do artefato explosivo. Um deles é o tatuador Fábio Raposo, que após se entregar à polícia, confessou ter repassado o explosivo ao suspeito de acender e lançar o rojão. Este foi identificado pela polícia como sendo Caio Silva de Souza e ainda está sendo procurado.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dólar deixa instável economia e emergentes cogitam nova moeda

28/1/2014 13:14
Por Redação, com agências internacionais - de Washington


O yuan vale cerca de 1/5 do dólar
O yuan vale cerca de 1/5 do dólar
O desordenamento que a flutuação da moeda norte-americana vem causando nos países emergentes como a Argentina e, em menor proporção, o Brasil, reforçou a tese de que os países que não integram a América do Norte e a União Europeia devem adotar uma nova moeda, capaz de fazer frente ao poderio do dólar e das grandes economias mundiais. A tese, exposta em um artigo publicado na agência chinesa de notícias Xinhua, com a assinatura do Partido Comunista Chinês (PCCh), já alertava no ano passado para a necessidade da adoção de moeda alternativa ao dólar nas reservas internacionais, a fim de reduzir os riscos criados pelas “turbulências” norte-americanas.
O artigo, em uma de suas críticas mais duras aos EUA, afirma que o risco de calote norte-americano reforça a
necessidade de “desamericanizar” o mundo. A China, que é o maior credor da dívida externa dos Estados Unidos, não poupa críticas à política externa do governo de Barack Obama.
“Em vez de honrar seus compromissos como um líder responsável, uma Washington autocentrada abusou do status de superpotência e introduziu mais caos no mundo, transferindo riscos financeiros ao exterior, instigando tensões regionais em meio a disputas territoriais e travando guerras sob o pretexto de mentiras”, aponta o texto.
A razão do artigo publicado em outubro de 2013 ficou evidente, nesta terça-feira, nos distúrbios financeiros deflagrados em Buenos Aires. E os países emergentes, que nos tempos da crise financeira global se tornaram a esperança do mundo ocidental, enfrentam momentos difíceis, com fuga de dinheiro de investidores e consequente desvalorização de suas moedas. Não muito tempo atrás, quando os bancos centrais dos países ricos reduziram suas taxas de juros para quase zero, o fluxo era o contrário: os emergentes foram inundados com capital de investimento vindo das nações ricas, atraído pelas altas taxas de crescimento e juros comparativamente altos.
No entanto, desde que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, passou a testar o abandono dessa política monetária ultraexpansionista, investidores privados e institucionais retiram quantias bilionárias dos países emergentes, na esperança de conseguir novamente retornos mais elevados em seus países de origem – e com menos riscos.
– O desenvolvimento atual explica por que os ministros das Finanças dos países emergentes disseram anteriormente: ‘nós não queremos esta grande liquidez’. Porque, embora este capital de investimento leve inicialmente a um desenvolvimento econômico positivo, leva também a um superaquecimento. E, assim, o arrefecimento já está quase pré-programado – diz Günter Beck, professor de macroeconomia europeia na Universidade de Siegen.
Economia desordenada
De fato, ambos os movimentos de capitais – entrada na crise, saída após a crise – não foram particularmente benéficos para os países emergentes. A forte entrada de capital na época da crise financeira levou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a falar de uma “guerra cambial”. Segundo Mantega, com juros próximos do zero, a política monetária do Fed inundou o Brasil com capital especulativo, levando os juros locais às alturas e desvalorizando o real, provocando a ameaça de uma perigosa bolha inflacionária e pondo, ao fim, toda a economia em desordem.
Qualquer ministro das Finanças ou da Economia tenta atrair capital e investimentos estrangeiros para seu país. Mas tudo depende da dose. O que, em tempos normais, conduz ao crescimento e à criação de postos de trabalho pode se tornar um problema se um país registrar uma grande entrada de dinheiro em curto intervalo de tempo, de forma que ela não pode ser devidamente absorvida.
– Muito em muito pouco tempo: isso significa alocações inadequadas desse capital, ou seja, um superaquecimento e possíveis crises – explica Beck.
Moedas sob pressão
Mas da mesma forma que as moedas de países emergentes sofreram, na época da enxurrada de dinheiro, uma enorme valorização, elas se encontram hoje em queda livre – devido à grande fuga de capitais em tão pouco tempo. Assim, o Banco Central da Argentina já desistiu da compra de divisas para apoiar o câmbio, o que fez com que a cotação do peso reagisse com uma queda de 20% na semana passada. A pressão é particularmente forte sobre as moedas de países que são especialmente dependentes do capital estrangeiro – como a Turquia. Mas também o rublo russo, o rand sul-africano, o real brasileiro ou o peso mexicano perderam maciçamente valor – e registram as menores cotações dos últimos anos.
A fuga de capitais estrangeiros começou em maio do ano passado, quando o então presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, cogitou perante o Congresso a possibilidade de um tapering, a desistência gradual da política monetária ultraexpansionista de juros quase zerados.
– É sempre muito, muito difícil extrair essa política. Creio que também não é aconselhável fazê-lo numa situação de crise. A meu ver, no entanto, isso é fundamental para a estabilidade a longo prazo – avalia Beck. Os especialistas concordam que praticar uma política de dinheiro barato por muito tempo pode provocar novas bolhas de preços e ativos.
Teoria na prática
Mas agora também se pode ver que abandonar essa política não é assim tão fácil. “O sofrimento é quase inevitável”, diz Beck. Segundo ele, a política do dinheiro barato teve efeitos bastante positivos. Uma inversão dessa política implica também uma inversão dos efeitos.
– Os políticos devem levar em consideração que essa mudança provoca efeitos reais negativos – alerta.
Segundo o professor da Universidade de Siegen, a longo prazo, sempre haverá objetivos conflitantes quando um Banco Central não estiver comprometido somente com a meta da estabilidade monetária, mas também com o crescimento e a criação de empregos, como é o caso do Fed americano. Ao menos na teoria, o Banco Central Europeu (BCE) se encontra numa situação mais confortável. Pois, no papel, ele só precisa se preocupar com a estabilidade do euro e nada mais.
– A política do Banco Central deveria ser configurada de maneira a não sentir nenhuma obrigação frente à economia real, ou seja, que ela não tenha o controle sobre o ajuste da economia real como objetivo – diz Beck.
Mas, em tempos de crise, uma coisa é a teoria, outra é a prática. Indagado se ele teria reagido diferentemente de Ben Bernanke ou do presidente do BCE, Mario Draghi, o professor de macroeconomia europeia respondeu:
– Provavelmente não.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Arrecadação federal atinge recorde de R$1,138 tri em 2013

Arrecadação subiu 4,08% com o ingresso de receitas extraordinárias minimizando efeitos de desonerações e baixo crescimento

    
             Pessoa segura notas de cem reais: receitas extraordinárias, ou aquelas que não são recorrentes, alcançaram a cifra recorde de 28,4 bilhões de reais no ano passado
Brasília - A arrecadação federal do Brasil subiu 4,08 por cento em termos reais em 2013 e atingiu a cifra recorde de 1,138 trilhão de reais, com o ingresso de receitas extraordinárias minimizando os efeitos negativos das fortes desonerações e do baixo crescimento econômico. As desonerações tributárias, concedidas pelo governo a alguns setores específicos com o objetivo de reanimar a cambaleante economia, resultaram em renúncia fiscal de 77,8 bilhões de reais no ano passado, informou a Receita Federal nesta quarta-feira. Somente com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o órgão deixou de arrecadar 11,8 bilhões de reais.
Já as receitas extraordinárias, ou aquelas que não são recorrentes, alcançaram a cifra recorde de 28,4 bilhões de reais no ano passado. Deste total, o programa de refinanciamento de débitos tributários (Refis) gerou receita de 21,8 bilhões de reais.
"O crescimento de 4,08 por cento para receita total foi bastante positivo. Claro que a receita extraordinária do último trimestre influenciou significativamente", comentou o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.
Barreto espera que a arrecadação cresça em termos reais pelo menos 2,3 por cento no primeiro trimestre de 2014. E disse estar otimista com o desempenho do ano, em função da lucratividade das empresas "que tem tido comportamento muito bom" e também pela "manutenção dos níveis de crescimento do consumo".
Mas diante das incertezas em relação ao crescimento econômico, o secretário disse que somente poderá fazer uma projeção para a arrecadação do ano depois que o governo revisar os parâmetros macroeconômicos de 2014, em fevereiro.
Em dezembro, a arrecadação federal de impostos e contribuições subiu para 118,364 bilhões de reais, alta real de 8,25 por cento ante igual mês de 2012 e de 4,24 por cento ante novembro de 2013. O desempenho ficou um pouco acima da expectativa de analistas consultados em pesquisa Reuters, que previam, de acordo com a mediana, arrecadação de 116 bilhões de reais em dezembro.
O bom desempenho da arrecadação em dezembro ajudou o governo central -- Tesouro, Banco Central e Previdência - a cumprir a meta de superávit primário para o ano de 2013, conforme antecipou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início do mês.
A carga tributária brasileira é uma das mais altas da América Latina. Os dados mais recentes divulgados em dezembro pela Receita Federal mostram que a carga tributária subiu para 35,11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, ante 33,53 por cento em 2010.
"Não há como fazer política econômica sem arrecadação", disse o secretário da Receita.
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